Estigma de Açafrão – 0,37 gramas

Descrição

Estigma de Açafrão

Origem:

O açafrão é extraído das flores Crocus sativus, sendo o estigma que é retirado, que é a parte receptiva do pistilo, onde o grão de pólen é germinado. A origem da espécie seria na Ásia Central, mais precisamente a região da Tailândia, sendo muito utilizada na culinária do Mediterrâneo.

Características:

A planta é da família das Iridaceae, que reúne diversas espécies ornamentais. O arbusto pode chegar a um metro de altura, possui folhas longas e de cor roxa, enquanto que a flor atinge tons amarelados, vermelhos e púrpuros. Cada flor possui apenas três estigmas, sendo esse um dos motivos da raridade e consequentemente do alto valor do produto. O consumo dessa especiaria rara também traz ótimos benefícios para o organismo, possui carotenóides, crocina e safranal, excelentes antioxidantes e coletores de radicais livres, que na prática auxiliam na memória, no relaxamento, melhoramento da função renal e atuando contra doenças infecciosas. Além do uso gastronômico, o amarelo intenso do pólen é aproveitado no tingimento de tecidos e seu aroma na perfumaria. Na culinária, o estigma de açafrão é apreciado por trazer um sabor, coloração e um perfume sem igual aos preparos. Sabor levemente amargo, coloração que vai do amarelo para o dourado e aroma frutado e floral, características que ajudam a identificar o “açafrão verdadeiro”, já que pelo alto custo e raridade tende a ser bastante falsificado. Não confundir o estigma de açafrão com cúrcuma, que é comumente chamada de açafrão-da-terra.

Uso culinário:

Na cozinha mediterrânea confere sabor ao arroz à valenciana, arroz pilaf, paella, molhos, aves, massas e doces.

História/ Curiosidades:

O estigma de açafrão é utilizado desde a antiguidade, sempre como uma raridade, afinal para se obter um Kg, por exemplo, é necessário o cultivo de 250 mil flores, em média. Sendo ainda uma extração que necessita de todo um cuidado manual. A história do açafrão é incrivelmente longa e rica em referências, pois se trata de uma especiaria bastante valorizada, tanto na culinária quanto no tratamento de doenças, na fabricação de corantes, perfumes e mesmo em rituais espirituais por diversos povos. A primeira referência imagética da planta é na Idade do Bronze, em um palácio em Creta. Trata-se de um afresco que mostra mulheres e macacos recolhendo as flores cultivadas. Além disso, sabe-se que o açafrão é citado em diversos mitos e lendas em variadas tradições, como na dos gregos antigos, persas e japoneses. Durante o período das Grandes Navegações, diversas estratégias foram utilizadas para barrar falsificações da especiaria, porém é algo que até hoje ocorre. É interessante escolher o consumo do estigma e não o produto em pó, o que barra falsificações e misturas. Desde a antiguidade à modernidade é um produto extremamente valorizado, hoje em dia pode-se dizer que é um dos mais caros do mundo, aproximando-se do valor do ouro.